17/10/2015

Entrevistando: Tati Rodrigues, autora de Prospecto

Hello, guys!

Faz tanto tempo que não entrevisto nenhum escritor, que já nem me lembro qual foi a última vez. Mas agora, voltando com tudo com o Quadro, trago uma escritora que conheci há pouco tempo mas já se tornou uma grande amiga, e tem um futuro lindo pela frente: Tatiane Rodrigues.

Foi através do Hangout Especial - Meus livros, meu refúgio! que tive a oportunidade de conhecer a Tati, e sua lindíssima (e inspiradora) história de vida sobre seus esforços para tentar realizar seu sonho de publicar o livro Prospecto.

No final, ela descobriu que o livro será publicado pela Editora Arwen, e finalmente, seu sonho está próximo de se tornar realidade. Ela, sem sombra de dúvidas, nos trouxe uma baita lição de que a persistência torna o improvável em possível.

Com apenas 16 anos, a autora que vive no interior de São Paulo já mostrou sua garra, e pelo visto, chegou para ficar. Super querida e simpática, a Tati tem tudo para ser uma grandiosa escritora. Desejo muito sucesso no mundo literário!

1.      Como foi seu primeiro contato com a leitura?
Quando eu tinha onze anos e havia acabado de mudar de escola, minha professora de Língua Portuguesa chegou à sala de aula com uma pilha de livros de nossa biblioteca. Ela falara que quem terminasse a atividade, podia pegar um livro para ler e até leva-lo para casa. Corri para a pilha, vasculhando como se tentasse encontrar uma pedra preciosa, e achei “Reinações de Narizinho – vol. 1”, de Monteiro Lobato. A capa era linda e comecei a lê-lo na mesma hora. Por mais que já tenha lido muitos livros infantis, aquele me cativou de tal maneira que nunca mais parei.

2.      Quais autores são referências para o seu trabalho?
Sempre cito o trabalho da J.K. Rowling. Ela é uma inspiração para mim, pois, além de ser recusada por muitas editoras, jamais desistiu. Quando eu me desanimava, assistia à “Magia além das palavras” e via o quanto Joanne batalhara para chegar aonde chegou. Até mesmo a atriz que interpretara J.K, Poppy Montgomery falara: “O filme é uma história bonita e inspiradora. Você pode ter tido uma vida difícil e ainda assim transformar seus sonhos em realidade; o segredo é ter sempre força de vontade e determinação”. E eu me agarrava a isso com todas as forças.

3.      De onde veio a ideia para seu primeiro livro, Prospecto?
Sei que isso parece um dos clichês da literatura, mas foi através de um sonho. Nunca me lembro do que sonho a noite, mas aquele, em especial, estava nítido em minha mente quando acordei. E assim, pus-me a escrever. Achara a ideia fantástica e estava animada para continuar desenvolvendo-a. Sempre falo que aquele sonho teve um propósito, e espero estar cumprindo-o.

4.      Fale-nos um pouco sobre ele.
A história de “Prospecto” traz Daiane Campbell, uma adolescente de quinze anos que sonha em ser escritora, mas que acaba vivendo sua própria aventura fictícia. Descobre que possui um dom: viajar pelo Tempo. A partir de então, deixando os livros de lado, ela ingressa em um novo desconhecido: o mundo dos Guardiões. Mas quando esse universo está prestes a ruir, a leitora assídua se vê entre diversas encruzilhadas, incapaz de decidir à qual lugar pertence e se quer mesmo trilhar seu destino. Em meio à guerra, terá que descobrir: é realmente impossível vencer?

5.      Em quem você se inspirou na construção dos personagens?
As personagens foram criando-se sozinha em minha cabeça. Elas gritavam para serem ouvidas em minha mente, e eu apenas dei vida a elas. Não me inspirei em ninguém para escrevê-las, porém admito: muitas delas têm características de pessoas com quem convivo muito.

6.      Quanto tempo levou para escrever o livro?
Em torno de um ano e meio, ou dois anos. Comecei o livro com treze anos, e na época, eu sofria muito com a falta de incentivo. Quando iniciei “Prospecto”, não contei a ninguém sobre a estória, apenas para algumas amigas, com medo de que falassem novamente que não passava de um sonho bobo. Isso me prejudicou muito, e fez com que eu demorasse a finalizá-lo. Também demorei muito na revisão. Como fui evoluindo na escrita, sempre acabava voltando aos capítulos anteriores, refazendo-os e acrescentando algumas coisas.

7.      Quais dificuldades encontrou no processo?
Além dos mencionados acima, sou extremamente perfeccionista, e isso fazia com que nunca achasse que o livro estava bom (risos). Havia momentos em que eu parava a estória apenas para voltar aos capítulos anteriores e refazê-los. A insegurança também me atrapalhou muito. Eu tinha muito medo, até por ser uma escritora bem jovem, de que não ficasse bom ou de que no fim, fosse tudo em vão.

8.      Como você começou a escrever e quando?
Comecei escrevendo fanfics quando tinha onze anos. Na época, escrevia sobre animes que gostava muito: Naruto, Pokémon, Vampire Knight e depois, sobre Percy Jackson e Harry Potter. Eu estava olhando em meu computador, esses dias mesmo, e há mais de vinte e seis estórias diferentes! Eu postava-as em sites como o Spirit e o Nyah! e recebia muitos comentários. Muitas pessoas vinham falar comigo dizendo serem as melhores estórias que elas já leram, e que eu devia escrever um livro. E claro, foi como se o meu sonho de infância tivesse retornado com força total. Sentei-me no computador e pus-me a escrever.

9.      Para você, qual a melhor coisa em escrever?
Saber que você pode mudar o mundo. Nossas estórias podem passar diversas lições para as pessoas, mesmo que elas estejam por trás de uma ficção, e essa sempre foi a minha ideia. Com Harry Potter mesmo, aprendi muito sobre amizade, e isso fez com que eu visse o mundo com outros olhos. A leitura transforma as pessoas. Sou uma garota completamente diferente depois que conheci os livros. Eles foram meu refúgio, e saber que o meu livro também pode ser um “esconderijo” do mundo real para outras pessoas é indescritível. E quando você recebe mensagens maravilhosas de leitores, te motivando e dizendo que se identificaram com a sua história de vida? Não tem preço. É a melhor profissão do mundo.

10.       Qual seu objetivo como escritora?
Encantar pessoas. Sempre quis escrever para transmitir boas estórias, fazê-las sorrirem, rirem com as personagens e criar refúgios. Quando eu era pequena, já cogitei ser médica apenas para ajudar as pessoas. E agora, mesmo sendo escritora, tenho o mesmo objetivo. Os livros foram meu refúgio e mudaram a maneira de encarar o mundo. Quero abrir os olhos de muitas pessoas. Quero mostrar o que é sonhar e que não devem desistir. E claro, um dia, por mais que isso soe impossível, viver da escrita.

11.       Vi o Hangout em que anunciaram que você foi aceita na Editora Arwen. Conte um pouco sobre como conheceu a editora, e a importância de ter seu livro publicado por ela.
Conheci a Editora Arwen através da página no Facebook, e logo me encantei pelo seu trabalho. O lema da Editora é dar raízes aos nossos sonhos, e aquilo me encantou de tal forma que meu único pensamento foi “encontrei a minha casa”. Depois de conhecer as autoras, meu sonho de fazer parte dessa família foi só aumentando, e ela se tornou minha luz no túnel. Eu vendi balas, chicletes, fiz rifas, tudo para conseguir publicar e parecia um esforço em vão. A Arwen surgiu para me iluminar, sabe? Ela me deu esperança, e esse era um sentimento que eu não tinha há algum tempo. Eu estava desanimada, chateada e com medo. E então eles me deram essa notícia maravilhosa! Foi a realização de um grande sonho. Foi tudo e muito mais. E eu só tenho a agradecer por fazer parte dessa família. Porque a Arwen é exatamente isso: uma família.

12.  Deixe um recado para os leitores do Ser Escritor(a)

Eu gostaria de agradecê-los: por lerem essa entrevista, por apoiarem a Literatura Nacional e por fazerem com que nós continuemos escrevendo. E se você também quer seguir essa carreira, a minha dica mais valiosa é: não desista. Hoje, lembrando-me da época em que eu vendia balas e chicletes apenas para publicar Prospecto, parece até cômico. Eu falava “vou conseguir, vou conseguir, vou...” para mim mesma até aquilo se tornar um mantra. E então, apareceu uma luz no fim do túnel, quando achei que estava tudo perdido. Por mais que digam na sua cara que isso é impossível, eu te digo: nada é impossível. Persista, insista e lute. Assim como realizei meu sonho, você também pode realizar o seu. 

Sobre a autora: Facebook pessoal

E, claro, curtam a página da Editora Arwen e fiquem por dentro das novidades! 

Até a próxima, 
Juliana Rodrigues. 

5 comentários:

  1. Tati . a cada momento vou vendo que vc é um exemplo de pessoa .muitas pessoas que esta acompanhando seu trabalho estão tendo um proposito em continuar tentando e assim enfrentar as dificuldades que a vida os impõe , pois eu já me aperfeiçoei a você , persistente , determinada , guerreira ; é um prazer ter conhecido você .felicidades de coração

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  2. Bem legal a entrevista com a autora. Apesar de não ser um livro que leria agora, achei interessante a premissa. Talvez dê uma chance ao livro futuramente.

    Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de outubro. Serão seis livros para três vencedores.

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    1. Olá!

      O livro só será lançado ano que vem, então quem sabe possa entrar para a sua lista de futuros livros, hehe.

      Até mais.

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  3. Achei legal a entrevista com a autora. E parabéns pelo blog, adorei.. já estou até seguindo. Bjs quando puder visita o meu lá.

    http://www.quasecliche.com/

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