26/12/2014

Anástrofe




Sou movida por fragmentos
de momentos
inacabados. 
De poesia perdida em verso, 
de canção sem melodia. 
De amores, 
sem sabores. 
De um amontoado de 
"bem-me-quer", 
envolvidos em tantos 
"mal-me-quer". 
De noites de insônia, 
de café gelado que nem efeito 
causa mais. 
De remédios que não curam a dor, 
de tempo que leva um amor. 
Sou movida por fragmentos. 
De meios que não 
conseguem 
tornar-se inteiros. 
De rotina que vira cansaço. 
De amores sem amasso. 
De madrugadas que jamais tornar-se-ão 
dias. 
De poesia sem verso, 
ritmo ou rima. 
De prosa sem discurso direto ou linha reta. 
Sou movida pelos pensamentos 
que me pesam. 
Pelos caminhos mal percorridos 
e deixados para trás. 
Movo-me em roda-gigante. 
Na eterna giratória. 
Ora para cima. 
Ora para baixo. 
E é nesses versos sem sentido ou rima, 
Que eu me acho. 

17/12/2014

Neil Gaiman: Make Good Art

Neil é um autor britânico, muito conhecido por sua obra Coraline, Deuses Americanos, Belas Maldições, Os Filhos de Anansi, O Oceano no fim do caminho, e diversas outras obras.

 Também é inspirador em suas palavras. Um discurso seu que ficou bem conhecido (e marcou a frase "Faça boa arte"), de 2012 para cá, foi dito numa colação de grau universitária. Suas palavras, além de terem aberto a mente de cada um que estava ali presente, também consagrou conselhos bacanas e inspiram, não só aqueles que estavam ali no momento, mas a qualquer um que tenha acesso ao que foi dito. 

Fui muito inspirada por suas palavras, então acho digno compartilhar com vocês, tanto o vídeo, quanto a transcrição do discurso: 

"Eu nunca realmente esperei me encontrar dando conselhos para pessoas se graduando em um estabelecimento de ensino superior. Eu nunca me graduei em um desses estabelecimentos. E nunca nem comecei um. Eu escapei da escola assim que pude, quando a perspectiva de mais quatro anos de aprendizados forçados antes que eu pudesse me tornar o escritor que desejava ser era sufocante.

Eu saí para o mundo, eu escrevi, eu me tornei um escritor melhor na medida em que escrevia mais, e eu escrevi um pouco mais, e ninguém nunca parecia se importar que eu estava inventando as coisas à medida que prosseguia, eles simplesmente liam o que eu escrevia e pagavam por isso, ou não, e frequentemente eles me encomendavam alguma outra coisa pra eles.

O que me deixou com um saudável respeito e admiração pela educação superior do quais meus amigos e familiares, que frequentaram universidades, se curaram há muito tempo atrás.

Olhando para trás, eu trilhei uma caminhada memorável. Não tenho certeza de que posso chamá-la de uma carreira, porque uma carreira implica que eu tivesse algum tipo de plano de carreira, e eu nunca tive. A coisa mais próxima que tive foi uma lista que fiz quando tinha 15 anos com tudo que eu queria fazer: escrever um romance para adultos, um livro infantil, uma revista em quadrinhos, um filme, gravar um áudio-book, escrever um episódio de Dr. Who… e assim por diante. Eu não tive uma carreira. Eu simplesmente fui fazendo a próxima coisa da lista.

Então pensei em contar para vocês tudo que eu gostaria de saber de saída, e algumas coisas que, olhando para trás pra isso, suponho que eu sabia. E também em dar o melhor conselho que já recebi, o qual falhei completamente em seguir.

O primeiro de todos: quando você começa em uma carreira nas artes você não tem ideia do que está fazendo. Isso é ótimo. As pessoas que sabem o que estão fazendo conhecem as regras, e sabem o que é possível e o que é impossível. Vocês não. E vocês não devem. As regras sobre o que é possível e impossível nas artes foram feitas por pessoas que não tinham testado os limites do possível indo além deles. E vocês podem.

Se vocês não sabem que é impossível é mais fácil fazer. E porque ninguém fez antes, não inventaram regras para evitar que alguém faça de novo, ainda.

Em segundo, se você tem uma ideia do que você quer fazer, sobre o que você foi colocado aqui para fazer, então simplesmente vá e faça aquilo. E isso é muito mais difícil do que parece e, algumas vezes, no fim, muito mais fácil do que você poderia imaginar.

Porque normalmente, há coisas que você precisa fazer antes de que você possa chegar aonde quer estar. Eu queria escrever quadrinhos e romances e histórias e filmes, então me tornei um jornalista, porque jornalistas têm permissão para fazer perguntas, e para simplesmente ir adiante e descobrir como o mundo funciona, e, além disso, para fazer essas coisas eu precisaria escrever e escrever bem, e eu estava sendo pago para aprender como escrever economicamente, claramente, às vezes em condições adversas, e em tempo.

Algumas vezes o caminho para fazer o que você espera fazer estará claramente delineado; e às vezes será quase impossível decidir se você estará ou não fazendo a coisa certa, porque você terá de balancear suas metas e esperanças, e alimentar-se, pagar as contas, encontrar trabalho, e se adequar ao que pode encontrar.

Uma coisa que funcionou para mim foi imaginar que onde eu gostaria de estar – um autor, principalmente de ficção, fazendo bons livros, fazendo bons quadrinhos e me mantendo através de minhas palavras – era uma montanha. Uma montanha distante. Minha meta.

E eu sabia que enquanto eu me mantivesse andando em direção à montanha eu estaria bem. E quando eu verdadeiramente não estava certo acerca do que fazer, eu podia parar, e pensar se aquilo estava me levando em direção à montanha ou me afastando dela. Eu disse não para trabalhos editoriais em revistas, trabalhos adequados que teriam pago um dinheiro respeitável porque eu sabia que, por mais atrativos que fossem, para mim eles estariam me deixando mais distante da montanha. E se essas ofertas tivessem aparecido mais cedo talvez as tivesse aceito, porque elas ainda me deixariam mais perto da montanha do que eu estava à época.

Eu aprendi a escrever escrevendo. Eu tendia a fazer qualquer coisa conquanto que parecesse uma aventura, e a parar de fazê-la quando parecia trabalho, o que significou que a vida não se parecia com trabalho.

Em terceiro lugar, quando você começa, você precisa lidar com os problemas do fracasso. Vocês precisam ser osso duro de roer, precisam aprender que nem todo projeto sobreviverá. Uma vida como freelancer, uma vida nas artes, é muitas vezes como colocar mensagens em garrafas, em uma ilha deserta, e esperar que alguém encontre uma de suas garrafas, e a abra, leia, e coloque algo em outra garrafa que fará seu caminho de volta até você: apreço, ou uma encomenda, dinheiro, ou amor. E vocês têm de aceitar que vocês poderão lançar uma centena de coisas para cada garrafa que aparecerá retornando.

15/12/2014

Para você, o que significa Ser Escritor?

Milhares de pensamentos tumultuam sua mente de uma só vez. Sentimentos vêm e vão, deixando marcas profundas, e muitas vezes cicatrizes dentro de nós. A vida lhe derruba de uma só vez, ou então, a alegria bate à porta e você não tem forças para tanto gritar. 

Gritar ao mundo enquanto está bem. Dizer, mesmo que não seja para ninguém, quando algo lhe fere. Escrever é estar cheio de si - quase transbordando - e querer compartilhar um pouquinho disso com alguém. Mesmo que seja para si mesmo. 


Talvez, escrever seja um processo literário de si para si. Ser escritor, é dar asas aos pássaros literários que existem dentro de nós. Libertar as borboletas que remoem nosso estômago, e deixá-los subir à cabeça - onde a criatividade reside - para retornar às pontas de nossos dedos - onde o pensar, torna-se o trabalho realizado. 


Escrever é ir de braços abertos ao encontro do vazio, e ser carinhosamente abraçado pelo emaranhado de palavras que se formam. É ir e vir, sem saber para onde ir, apenas tendo a certeza de que o caminho está ali sendo trilhado. 


É amar. É deixar a dor se esvair. Escrever, é permitir que as palavras dancem em sua mente, e que as palavras, tornem-se uma Orquestra, onde o maior maestro que existe - você mesmo -, dirige para qual espaço essas palavras, simples palavras, irão. 


Escrever, é ter algo a dizer ao mundo. Aquela coisa que você guarda no fundo do seu peito, mas já não cabe mais para si. É compartilhar, com outrem, aquela roupagem que já não lhe serve mais, ou que de tanto já serviu, precisa que outros a usem também. É tomar todas as dores do Universo, e fazer delas poesia. Aproveitar as alegrias, e colocar o seu sorriso, nos lábios de quem não conhece.


 É libertar-se das amarras que há muito o prendem. Ou, simplesmente, amarrar-se novamente - ao novo que transparece a cada amanhecer. É admitir à si mesmo que se errou, e acrescentar uma vírgula, onde perfeitamente caberia um ponto final. É amar, permitir que esse amor lhe transborde o peito, e partilhá-lo com quem o convém. 

É esperar encontrar um refúgio, quando o mundo lhe sufoca, e não tem-se para onde ir. Escrever, é encontrar emoção onde passa-se despercebido aos olhares alheios. É encontrar entre a irremediável angústia, a resposta para as tristezas que o acometem, e a mais tenra felicidade, invisível aos olhos preocupados. É o querer estar perto, quando os corpos estão separados. É procurar todas as analogias possíveis, para encontrar aquilo que só a sua alma é capaz de compreender. 


Escrever é tentar organizar as estrelas de seus pensamentos, em constelações. É fazer sentido. É se fazer sentido. É aquele processo que só se adquire quando se está em sintonia consigo. Ou quando tenta, através da palavra escrita, encontrar um meio de sintonizar-se seu corpo, à alma. A alma sente, e se transborda. O corpo, fica com a incrível tarefa de colorir e registrar, aquilo que está no nosso íntimo mais profundo. 

É deixar registrado à si mesmo o quanto o tempo modelou-a à sua vontade. Deixar um registro - como uma lágrima escorrida -, que aquilo que um dia jurou de pés juntos e palavras rabiscadas, que duraria para todo o sempre, só representou uma fase da sua vida, que assim como tudo nela, acabou. 
Escrever é a arte de ter algo a dizer, quando nem todas as palavras que conhecemos são capazes de expressar como nos sentimos. 

Escrever, é dançar conforme a música, mas deixar-se levar para outros passos não ensaiados. É encontrar luz onde só há solidão. É sentir-se protegido, quando a tempestade chega, é um amor sem medidas que nem nas mais doces palavras, caberiam. Ser escritor, é a arte de brincar consigo, na esperança de que um dia, essa brincadeira de palavras, serão as respostas das aflições de outrem. 

É permitir-se divagar, e criar um mundo somente seu. Existem milhares de escritores no mundo. Sempre existirão melhores que você, como piores também. Mas nenhum será capaz de tomar a sua voz, e dizer aquilo que só você pode. Nenhum poderá tocar e mudar as pessoas da forma como só você poderá. Já dizia Neil Gaiman. 

Então, o que está esperando? Deixe as palavras dançarem dentro de ti, e passe ao mundo aquilo que só você poderá passar. Tome seu papel de escritor, pois o meu, ah, o meu; já estou fazendo. 

20/10/2014

#SerEscritor: 50 dicas úteis

Recentemente, recebi o e-mail de um leitor, o Marcus Palante, que me indicou alguns links bem interessantes para melhorar minha escrita e estar evoluindo sempre mais. Dei uma olhada no material, mas o que mais me chamou a atenção, foi o site Além do Cotidiano, do Sandro Massari, onde ele escreveu uma espécie de Curso de Roteiro de Cinema e Escrita. 
As dicas são muito interessantes, tanto para quem está começando agora, quanto para quem já coleciona em sua bagagem uma vida literária bem ativa. 
Separei um post que achei muito bacana, onde o autor dá 50 dicas rápidas para nós, aspirantes à escritores. Vale muito a pena dar uma lida, e colocá-las em prática. 

1. Escrever NÃO é um ato de inspiração, e sim um processo mecânico e repetitivo. Não fique esperando por uma ideia divina. Sente e escreva.

2. A habilidade de escrever é adquirida. Quanto mais você escrever, melhor ficará. Não tem essa de dom natural. Os grandes escritores erraram e ralaram muito.

3. Estude muito. Estude, estude, estude. Leia todos os livros que puder, veja todos os grandes clássicos do cinema, vá ao teatro, compre revistas em quadrinhos. Quanto mais ampla for sua cultura artística, maior será sua fonte de conhecimento.

4. Não é necessário "diploma" para ser escritor. Muitos dos grande gênios da escrita nunca colocaram os pés em uma faculdade. Portanto, não se preocupe com isso. Mas estude. E muito.

5. Busque sempre clareza em sua escrita. Nada de palavras difíceis e escrita arrastada. Estamos no século XXI e não no século XVIII. Seja objetivo.

6. O processo de escrita NÃO é linear. Você não precisa começar a escrever pelo início de uma história e nem escrever na ordem dos capítulos. Muitos começam pelo final.

7. Se der um branco no meio de uma frase ou parágrafo continue escrevendo. Pule de parágrafo, pule de página, pule de capítulo. Só não fique muito tempo olhando para um espaço em branco.

8. Nunca engane a audiência. Tudo que acontecer em sua história deve ter um fundamento. Nenhum personagem deve fazer algo que não se espera dele e não trate seu público como se fosse um bando de idiotas. Infelizmente as novelas atuais de TV estão aí para quebrar essa regra todo santo dia.

9. Saia de casa. Vá em lugares diferentes, conheça pessoas diferentes. Adquira experiência de vida e puxe papo com velhinhos na rua. Você não tem ideia de como isso ajuda no amadurecimento do escritor.

10. Não tenha projetos simultâneos. Se começou um livro, acabe esse livro. Se começou um conto, termine-o antes de começar outro. Fique focado em um projeto de cada vez.

11. Não fique corrigindo o tempo todo o texto. Acabe o primeiro rascunho (draft) da obra para depois se ater nos detalhes. O primeiro passo é acabar o rascunho. A escrita de verdade começa na revisão.

12. Escrever é reescrever. Faça o primeiro rascunho e depois reescreva até achar que ficou em um bom nível. Só não fique obcecado na revisão, senão você nunca acabará o texto.

13. Vença o desânimo que irá ocorrer no meio da obra. Quando estamos no meio de um projeto dá vontade de desistir, achamos que está uma porcaria e dá vontade de jogar tudo pro alto. É assim mesmo. Acontece também quando acabamos de escrever algo. Sempre achamos que está ruim. Afaste esse pensamento.

14. Escreva sobre algo. Mesmo que esse algo seja o nada, pelo menos você está dando uma direção ao texto. Saiba sobre o que você está escrevendo.

15. Escreva sobre algo que tenha importância para você. Não escreva sobre um assunto qualquer só porque está na moda  ou porque você acha que vai ter maior aceitação.

03/10/2014

Dê o melhor de si!

Ano quase chegando ao fim, traz consigo aquela nostalgia e velho pensamento batido de "Eu não fiz nada o ano inteiro!". Ora, não seja hipócrita. Será mesmo que em tantos meses que constituem um ano, você não fez nada, nadica de novo, sendo que nenhum dia é igual ao outro?

Sei que o tempo pode ser curto para aqueles que tem longos e complexos planos na virada do ano (uma coisa que nunca entendi é o fato das pessoas deixarem para a virada do ano para fazerem seus planos, sendo que cada amanhecer é uma oportunidade nova de levantar a bunda da cadeira e colocar a mão na massa), mas esperar o tempo passar, assistindo seu destino como um figurante não ajuda.

Uma coisa que você já sabe, mas é sempre bom repetir até que isso tenha algum efeito na prática: As coisas não vão cair do céu, nada virá fácil até seus braços. Ninguém consegue nada por mérito se não fizer, e parar de deixar tudo para esse amanhã, ou novo ano que nem pode vir.

Um novo mês ajuda a renovar nossas energias e nos faz refletir em quem nós somos, e quem nós precisamos ser para atingirmos aquilo que queremos. Nossos planos mudam, as circunstâncias se alteram, mas a cada caminho - até mesmo aqueles que você fez por engano -, são oportunidades novas que a vida lhe está dando.

Então, pra que enrolar? Não faça tantas delongas, trace seu objetivo e persista até o fim. Se não conseguir chegar onde quer ainda, pelo menos você sabe que terá tentado, e tentando mais ainda, você vai conseguir no futuro. Tenha fé. Nada é tão impossível que não possa ser atingido. 
Quer um conselho? (se não quiser, deixarei bem registrado mesmo assim): Dê o seu melhor. Em tudo, a cada coisa que for fazer.

Se não conseguiu? Bem, pelo menos você sabe que tentou ao máximo, e não se deixou derrotar por uma bobagenzinha qualquer.

Não se acomode. Não existe tempo melhor para começar o que pretende fazer, do que o tempo presente. Se for empurrando com a barriga, chega uma hora que ela nem aguenta mais. No começo do ano, eu nem imaginaria um terço das coisas que me aconteceram até o presente momento, todas as realizações, superações e felicidades.

Então, por que não buscar algo a mais? Desde que o prazo de início não passe de hoje. 

02/10/2014

REFLEXÃO: Nós Aceitamos o Amor que Achamos Merecer

O tempo todo eu sinto como se eu sempre estivesse no lugar errado e na hora errada. Muitas vezes eu penso que eu nunca tive amigos, tipo ''verdadeiros amigos'', o que me faz pensar que eu estou sozinho e que sempre será eu e eu mesmo contra tudo o que eu tenho sofrido, e continuo sofrendo.

Me dói saber que a vida é um ciclo viciante e de erros e acertos. Me dói mais ainda saber que na da é infinito, mas que me dá total direito de me sentir como tal... infinito.
Eu procura pensar sempre que meus problemas são o que menos importa, e que existem milhares de outras pessoas com problemas piores que os meus e que eu só sou apenas um ponto insignificante no meio de tanta gente. No meio do mundo... Mas não é justo desvalorizar meu problema por ele não ser o pior, ou por não ser um do mais fáceis. E sempre me dói em ter que pensar que eu não posso ter ninguém comigo, sendo que nem eu mesmo, eu amo. Sendo que nem mesmo eu consigo entender outras pessoas sem primeiro me entender.

É fato de que pessoas e mais pessoas entram e saem da sua vida sem muita pretensão, e que sempre deixam um pedacinho de si dentro de você. Que por mais inútil aquela pessoa tenha sido, e que por mais falsa que ela tenha se comportado, é bacana pensar que fora necessário.
Ela cresceu, você amadureceu. Aprendeu coisas que sem a ajuda de quem podemos classificar de 'inútil em nossas vidas'', você nunca teria conquistado. Ou pelo menos levado anos para entender, aprender e aplicar no seu dia a dia. 

Então podemos concluir que a vida é feita de um tutorial que pode levar infinitos passos até que você alcança o desejável. E cabe a você saber e descobrir qual é o seu próprio desejável.


27/09/2014

PORQUE VOCÊ FEZ ISSO COMIGO? [I'll break your heart] - PART 1 (crônica)

Eu estava sozinha, mais uma vez. Jogada como se fosse um completo nada, o que eu era de fato. Eu não queria estar ali mas eu mesmo me obrigava a estar.
Eu precisava de muita gente que não pode me dar atenção nesse momento. Eu precisa de tudo que me desse atenção e eu não tinha.
Aquela dor remoía cada parte do meu corpo e eu simplesmente não conseguia acreditar o quão burra eu fui e o quão influenciável eu tinha sido por muitos anos da minha vida. Quem sabe não só com ele, mas a verdade é que eu passei toda a minha vida muito tranquila de mim mesma, mas de fato não sabia o que estava na minha cabeça naquele momento.
Era uma manhã de sábado e eu tinha acabado de sair do banho. Estava me arrumando e ao mesmo tempo espiava se nenhuma atualização no Facebook me fizesse instantaneamente parar o que eu estava fazendo e começar a ler. Isso movia meu dia completamente. Batom, rímel e um pouco de blush; peguei meu secador e comecei a arrumar meu cabelo. Parecia que todos na face da terra resolveram não compartilhar coisas legais naquela manhã, nenhum dos meus amigos estavam online. Gus estava trabalhando em uma nova música para a banda. Lika tinha acabado de entrar de férias da faculdade e fora viajar pela Europa, mas minha vida continuava a mesma.
Foi então que eu lembrei de um site onde você entra e conversa com pessoas estranhas de todos os lugares do mundo, um tal de Omegle. No início a ideia era aprender ou praticar uma língua nova, mas como tudo que aparece novo a galera chata tenta de alguma forma deixar chato, tinha muito pornô barato, muito cara fazendo coisas estranhas, muita gente bonita... até que eu finalmente acho um cara interessante e resolvi puxar conversa:

- olá =)

[...]

- então, outro dia eu conversei com um pinguim fantasiado de saci

- HAHA! ele digitava com o pé?

- SIM! e dançava tb!

- não é possível! vc tem as melhores histórias! hahaha!

- me adiciona no msn, você é a primeira pessoa legal que eu encontrei aqui (e a mais bonita tb :$) ed@unknow.com

- hahahahawnn (vergonha)

- não resisti, desculpa! culpa do pinguim!

- hauahuahau!!! aham! vou te achar lá sim ;***

Eu tinha me apaixonado, definitivamente. Para um pessoa que por muito tempo ficou sozinha, isso era o caminho para o paraíso. E eu pensei que tudo seria difícil, monótono e devagar. Até que eu passei bem pelo primeiro teste.
Eu me sentia muito estranha, como se não fosse a mim mesma, como se eu não estive ali ou em outro lugar do espaço. Eu me sentia mais eu. Eu estava amando.
Depois disso eu tentei me concentrar um pouco nas letras de música que o Gus tinha me mandado mais cedo, tentei criar uma melodia mas não conseguia pensar em muita coisa. Esse tal de Ed me deixou nas nuvens. E então meu celular apita e eu vejo que é uma mensagem instantânea da Lika, era uma foto da Torre Eiffel de um ângulo como se ela conseguisse tocar o topo da torre. Fiquei até certo ponto com inveja de não ter aceitado o convite e ter ido com ela,  mas Gus precisa de mim aqui para resolver coisas burocráticas da banda, não hesitei e fiquei.
Resolvi não responder mas tive medo de que ela visse minha visualização, então mandei uma carinha feliz.
No grupo do Facebook ninguém tinha agitado para nada nesse final de semana, o que era um pouco chato passar a tarde toda em casa.

[...]

Eu estava sentada observando as crianças no parque aqui da represa. De certa forma me relaxava, porém eu não queria de maneira alguma pensar em banda, Ed ou viagens por aí.
Acendi um cigarro, abri uma latinha de energético e continuei a observar tudo, a natureza...

- É incrível como aqui é tão diferente não é? - essa voz me assustava e ao mesmo tempo me reconfortava, ela soava logo atrás de mim - Lá fora é tudo uma correria, pessoas atrasadas, tempo para cumprir, coisas para fazer... - vagarosamente ele se aproximara e sentara a meu lado. Era Caio - Eu adoro aqui, é tão tranquilo.

-Sim, é ótimo - tentei responder de uma forma a partilhar toda a filosofia dele. E era disso que eu mais gosta nele, no Caio. Ele conseguia extrair felicidade das coisas mais simples da vida - eu gosto de estar aqui as vezes.

Ficamos por muito tempo ali, parados, observando o que a natureza tinha de melhor. E o sol estava se pondo cada vez mais. Conversamos sobre muitas coisas até que enfim, tive que ir embora. Peguei meu carro no estacionamento, dei uma carona pra ele até o ponto de ônibus e segui caminho até em casa.
O que eu fiz foi ir direto para o computar, adicionei o carinha que tinha conhecido mais cedo, hoje. E por incrível que parece, ele estava online.

** Essa é uma adaptação a animação da MTV, Anna Bee.










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25/09/2014

RESENHA - Divergente (Filme)


Direção: Neil Burger
Roteiro: Evan Daugherty, Vanessa Taylor
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Zoë Kravitz, Ansel Elgort, Maggie Q, Jai Courtney, Ashley Judd, Miles Teller, Kate Winslet
ProduçãoLucy Fisher, Pouya Shabazian, Douglas Wick
Ano: 2014
País: EUA
Gênero: Aventura/Ficção Científica/Ação

 Eu fiquei muito feliz quando soube que Divergente iria virar filme. Eu descobri o livro há algum tempo atrás, 2011 ou 2012. Quando ele finalmente lançou eu resolvi esperar toda essa ''fome''/''necessidade'' de um novo Harry Potter, de um novo Senhor dos Anéis ou de um novo Jogos Vorazes passar para que eu pudesse assistir, e ainda ler toda a saga. Mas eu não consegui esperar tanto tempo e resolvi assistir logo.
O que mais me chama atenção no filme todo é com certeza o cenário. Toda a história de passa em uma Chicago futurística. E realmente Chicago fora remodelada para receber essa história, o que me impressionou muito. Já as atuações deixaram muito a desejar. Pra quem não conhece, ambos os personagens principais, ou a Tris e seu irmão Caleb são os protagonistas de A Culpa É Das Estrelas (filme), o que eu hesitei em primeiro momento e cheguei a duvidar se o filme seria tão bom assim, já que a atuação de ambos, pelo menos em Divergente, está péssima. No final eu acabei lendo o livro, e me decepcionei muito. Eu não sei explicar ao certo todos os pontos que me decepcionaram, mas a história ao todo é um pouco sem graça, principalmente do ponto de vista da Tris que deixa tudo um tanto irritante. Acho que deve ser por isso que a autora, Veronica Roth, lançou um 4º livro da saga, não uma continuação, mas sim um bônus. O livro chama Four ou Quatro. Sim o personagem Quatro na série. Esse livro mostrará toda a história do ponto de vista do Quatro.
Falando aqui e agora, estou mais ansioso para ler logo esse livro. Mas sem previsões de lançamento aqui no Brasil. Finalizando, digo que o filme me ''surpreendeu'' quanto ao livro, mas ainda sim tem muito que evoluir nos próximos 4 filmes, já que a Summit Entertainment resolveu dividir o último filme, Convergente, em duas partes como feito em Crepúsculo, Harry Potter, Jogos Vorazes também terá. Isso apenas pra lucrar mais com as vendas e todos os paranauês. Assim como Crepúsculo evoluiu muitoooo, em termos de fotografia, resolução, enredo após o primeiro filme, fingers crossed para que Divergente melhore. 



Avaliação Final:  

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13/09/2014

Resenha: O caso dos Dez negrinhos

Editora: Abril Cultural (Grandes Sucessos)
Ano: 1981
Autora: Agatha Christie
Gênero: Ficção policial e de mistério (Literatura inglesa)
Título original: Ten Little Niggers
Sinopse:  Dez pessoas são convidadas pelo misterioso U.N. Owen para passar alguns dias numa ilha perto de uma aldeia pouco movimentada. Os convidados aceitam o convite e de igual maneira embarcam num barco local para a ilha. Na primeira noite, quando todos já se conheciam razoavelmente bem e conviviam animadamente na sala, ouve-se uma voz vinda das paredes da sala, acusando cada um dos dez presentes de ter cometido um crime, crime esse que apesar de ser despropositado ou inevitável, levou à morte de outras pessoas. O pânico instala-se e mortes inexplicáveis se sucedem, tendo por única pista uma trova infantil.

Resenha: Ilha do Negro. O cenário onde se concentra a trama instigante do livro. No começo, a autora faz uma apresentação dos personagens principais, e a forma como cada um receberá o convite do misterioso U. N. Owen, convidando eles para irem à Ilha. Eles aceitam o convite, e chegam à Ilha, mas o Sr. Owen não estava lá, haviam apenas dois funcionários, cumprindo ordens em seu nome. Durante o jantar, uma fita começa a tocar e seu som se expande por todo o cômodo, dizendo o nome de cada pessoa que ali está, o crime por ele cometido - todos os convidados já estiveram envolvidos em um assassinato, de forma direta ou indireta.
Os personagens ficam preocupados, pois sabem que os crimes apontados são verdadeiros (embora tentem à todo custo provarem o contrário).
Um começa a acusar o outro, onde vários suspeitos são levantados. Eles fazem uma procura na Ilha em busca desse Sr. Owen, mas definitivamente, estão sozinhos nela e o pior, não tem como eles saírem.
O caso começa a ficar mais interessante quando a primeira pessoa morre, após se engasgar com seu drinque depois do jantar. A segunda, caiu em um sono profundo e morreu dormindo.
Não poderia ser coincidência, ainda mais depois deles descobrirem os versos de uma antiga história infantil britânica, que parecia estar citando as mortes das pessoas que na Ilha estavam... 

"Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove; 
Um deles se engasgou e então ficaram nove.
Nove negrinhos sem dormir: não é biscoito! 
Um deles cai no sono, e então ficaram oito. 
Oito negrinhos vão a Devon de charrete; 
Um não quis mais voltar, e então ficaram sete. 
Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis 
Que um deles se corta, e então ficaram seis. 
Seis negrinhos de uma colmeia fazem brinco; 
A um pica a abelha, e então ficaram cinco. 
Cinco negrinhos no foro, a tomar os ares; 
Um ali foi julgado, e então ficaram dois pares. 
Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez. 
O arenque defumado, e então ficaram três. 
Três negrinhos passeando no Zoo. E depois? 
O urso abraçou um, e então ficaram dois. 
Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum; 
Um deles se queimou, e então ficou só um. 
Um negrinho aqui está a sós, apenas um; 
Ele então se enforcou, e não ficou nenhum."

Conforme as mortes vão acontecendo, menores serão as suspeitas, e mais instigante o livro se torna. Um fato que achei interessante, é que a autora compara o comportamento dos últimos sobreviventes com o de animais, pois é assim que eles começam a agir: de forma irracional, jogando a culpa um no outro e querendo se verem livres daquilo.

Quando chegamos ao penúltimo capítulo, parece que tudo o que aconteceu até então ficará sem fim nenhum, até que, eis que somos surpreendidos nas últimas páginas, com uma carta do Assassino explicando tudo o que eles havia feito, e qual dos personagens era ele o tempo todo... 
Para os amantes do bom e velho romance policial, recomendo a leitura. Se você já leu, releia. Se não gosta de romance policial, garanto que esse livro fará sua curiosidade se aguçar. 

03/09/2014

O Espelho de Cristais

Dia desses, peguei minhas malas, e fui para o interior de Minas. Gosto de calma e tranquilidade,  as vezes, ter um refúgio é a única forma de manter a cabeça limpa da tumultuada São Paulo. Dirigindo pelas estradas cheias de curva, deparei-me com um casarão antigo de família. Ninguém morava lá, estava completamente abandonado.

Estacionei o carro nos grandes portões, e fiquei a admirar a paisagem. Quais seriam as histórias que já haveriam passado por ali? Talvez, em algum momento tivesse sido o ponto de escape entre dois corações apaixonados. Poderia ter sido o local onde acontecera algum assassinato, ou simplesmente, um local bonito, sem nenhuma história para contar.

- Até parece! - dei de ombros, tirando a chave e trancando as postas do carro. Minha curiosidade já havia me levado para imensidões, mas sempre faziam-me voltar à realidade. O vazio me atraia tanto quanto o silêncio. Não haviam pássaros nas árvores, apenas galhos secos que entravam em atrito com o som de minhas pegadas ao serem pisados. Não há nada como uma natureza silenciosa, onde o único passo que você ouve atrás de si, é o seu próprio.

Caminhei pela pequena estrada onde o mato se anunciava, e passei por uma pequena ponte de madeira quebrada. As cordas bambas que prendiam um lado ao outro faziam meu coração dar pulos.
Segui incessante pela estrada afora, passando por uma imensa porta do Hall de Entrada. Estava simplesmente encostada, como se já soubesse da minha chegada. Subi as escadas. A vista lá de cima deveria ser bem mais bonita.

Droga! Esqueci minha câmera no carro. Pensei, assim que já estava no topo da escadaria. Um quarto estava aberto e claramente iluminado pela luz solar. Nas paredes, haviam algumas paredes com palavras manchadas em vermelho.

- Que estranho! - exclamei, me aproximando, mas o que me chamou a atenção mesmo, era um objeto gigantesco do outro lado do quarto. Um espelho à moda antiga, levemente sujo mas ainda conservado. Desde que eu entrara, aquele me parecera ser o único objeto limpo do Casarão, como se poeira nenhuma pudesse penetrá-lo. Sua moldura era cercada por pequenos cristais, e bem no topo, um cristal maior pendia, chamando minha atenção. Levada por minha curiosidade, toquei-o. Senti uma sensação gélida passar por dentro de mim, fazendo os pelos de meus braços eriçarem. Que estranho! 

Voltei a exclamar, ainda achando aquilo fora do comum. Encostei meus dedos sob a superfície do espelho, e leves ondas pareceram flutuar dele. Sua superfície não era lisa, como se fosse uma mola que se estendia ao ser tocada.

Olhei para meus dedos, acreditando estar ficando doida, mas uma ideia súbita havia invadido minha mente. Sem nem pensar duas vezes ou olhar para trás, mergulhei para dentro do espelho. O que encontrei do outro lado, mudou minha vida para todo o sempre...


Conheça as participantes do projeto:

Nota da Autora: Como é apenas uma crônica para a nossa TAG Palavras, não terá continuação ;) 

14/08/2014

Amar, cura!


Não há nada como um coração amargurado para trazer toda aquela inspiração que na alma estava em falta. A amargura corrói, mas olha só que curiosa: amar, cura. Talvez seja o que me falta. Ou o que falte a você. Amar e amar, sem mais nem porquê.

Seria bom nos desprendermos de tudo o que vivemos e somos por pelo menos um dia, e pudéssemos viver em plena liberdade na certeza de que a tristeza, um dia não terá passado de mera perca de tempo e poderíamos ter vivido bem mais, e intensamente, enquanto a dor ainda nos consumia por dentro. 
Sei que é difícil, tanto para você, quanto para mim. A vida não é justa, muito menos perfeita.


Mas não existe justiça que não possa ser reparada com uma boa dose de momentos alegres, e nenhuma imperfeição que não possa ser lapidada até se tornar o que queremos. Somos feitos de carne, de ossos e da boa vontade de que dias melhores estão por vir. Não tenha medo, não resista. 

Daqui 100 anos estaremos todos mortos - dizia o pensamento da otimista - e nada disso terá mais importância. Então porque perdermos nossas vidas remoendo o que já passou, se toda ação retrai uma consequência. O que nos falta, caro amigo, é uma boa dose de amar, e duas outras de liberdade. Precisamos ser livres de tudo aquilo que aprisiona nossa felicidade. 

Escrevo isso para você. Mas para mim também. Preciso extravasar a dor que me toma e peito, e consome todo esse vazio que ainda me corrói. Ah, e como dói. 


Continuo aqui por você, a mesma velha ranzinza de sempre, em demasia triste, mas tentando encontrar seu caminho de felicidade. Mas é como dizem, Ostra feliz, não produz pérola. 
Estou produzindo a minha, espero que saiba também utilizar dessa sua dor, para que quando dela se livrar, possa perceber que o Sol jamais deixou de brilhar, e que todo fim - não importa o quão ruim seja - traz consigo uma chance de recomeço. 

13/08/2014

Projeto literário: Poema em músicas

Conheci o projeto através do Rafael Clodomiro, o qual me mandou um e-mail (congratulando meu trabalho aqui no Ser Escritora, e também, pedindo minha ajuda na divulgação). 
Não leio poemas frequentemente, mas sou simplesmente apaixonada pela Cecília Meireles (minha poetisa favorita desde os oito anos de idade), e convenhamos que a arte literária brasileira voltada à poemas é muito boa, além de ter fortes nomes representantes. 
Gostaria de conhecer um pouco sobre o projeto? Então vamos lá. 


Música e clipe da poesia de Drummond

Projeto cultural pretende gravar uma música da poesia "José" de Carlos Drummond de Andrade e fazer um videoclipe em animação 3D

            Poesia e música se misturam. A interação entre essas duas artes é algo praticamente inevitável. Há sempre um pouco de poesia na música e um pouco de música na poesia. Inclusive, a letra de uma música lida (sem ser tocada e cantada) compara-se a um texto poético. As semelhanças da poesia com a música são evidentes: a estrutura em versos e estrofes, as rimas, o ritmo exposto pelos sons das palavras, etc.

            Desde a Antiguidade Clássica, a poesia já era declamada e acompanhada por instrumentos musicais. Ou seja, não é de hoje que essa aproximação da arte poética com a arte musical se estabelece. E, atualmente, o projeto ALira, ciente dessa íntima relação da poesia com a música, pretende evidenciar ainda mais essa conexão artística ao musicar poemas famosos de autores brasileiros.

Entenda o projeto e seu primeiro passo

            ALira é um projeto que tem como objetivo principal valorizar a literatura e a música brasileira, as poesias e os poetas nacionais. Desse modo, os versos serão tocados e cantados assim como afirma o slogan do projeto "ALira: POEMAS que enCANTAM" (Facebook Projeto ALira).

            O projeto irá apresentar em forma de canções as poesias mais conhecidas dos poetas Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Mário Quintana, Manuel Bandeira, Ferreira Gullar, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, entre outros.

            "Digo que os poemas serão 'musicalizados', tendo como principais referências os gêneros musicais: MPB, Pop, Reggae e Folk. A ideia é fazer canções poéticas populares, simples e fáceis de serem tocadas, cantadas e apreciadas por quem ouvir" -  esclarece Rafael Clodomiro, compositor e autor do projeto, que fala mais sobre a iniciativa neste vídeo de apresentação do projeto:


            E o primeiro passo do projeto é gravar uma canção poética do poema "José" de Carlos Drummond de Andrade (poema que exalta a conhecida expressão "E agora, José?") e fazer um videoclipe em animação 3D desta mesma música.

            Sendo assim, a "ALira" foi inscrita no Catarse, site de financiamento coletivo de projetos, para receber ajuda daqueles que apoiam essa iniciativa cultural.


Ajude "ALira" nascer

            No presente momento, a "ALira" ainda é um projeto escrito no papel, mas que deseja muito nascer e ser realizado. Tudo que foi dito acima é o que se pretende fazer: gravar canções poéticas e produzir videoclipes.

            Vale destacar que o projeto é atento com o pagamento dos direitos autorais (o primeiro passo contempla o pagamento aos titulares de direitos autorais de Carlos Drummond de Andrade), considerando que a intenção é que tudo seja executado em perfeita harmonia poética, musical e legal, conforme a Lei de Direitos Autorais.

            Então, acesse Caterse - Projeto ALira e ajude essa ideia cultural dar seu primeiro passo rumo à valorização da poesia com a música.

            Quem colaborar com o projeto irá ganhar recompensas e brindes exclusivos com a marca "ALira". E essa é dinâmica do site de financiamento coletivo onde o projeto ALira está cadastrado, ninguém sai perdendo, e se por acaso até o dia 13 de setembro (data final da arrecadação) não for atingido a meta pretendida do projeto, quem contribuiu recebe o seu dinheiro de volta.

            Apoie o projeto cultural ALira:
            Site
            Facebook
            Youtube


12/08/2014

Literatura Juvenil

Uma leitora me pediu indicação de livros para adolescentes de 12 anos, então pensei em fazer uma pastagem sobre.
Tive que pesquisar muito sobre o assunto, já que nessa idade eu gostava de coisas mais macabras (leia-se: ainda gosto, hehehe), pois eu acho que não existem tantas restrições assim entre idade para se ler algo ou não.
Separei alguns que, acredito eu, serem boas escolhas (além da ajuda da minha amiga-sister Júlia, do blog Nescau com Nutella , e a Flávia Matos).
Suas lindas, obrigada pela ajuda <3
Vamos lá, baby's.
Sinopse - Um Dia - Vinte anos, duas pessoas, um dia. - David Nicholls
Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro.
Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois.
Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.
Sinopse - Resposta Certa - David Nicholls
O ano é 1985. Brian Jackson, com uma bolsa de estudos e ótimas notas, acaba de entrar para a universidade. E parece que finalmente conseguirá realizar um antigo sonho: aparecer em um popular programa de perguntas e respostas na televisão, onde poderá demonstrar todo o seu repertório de cultura geral. Após entrar para a equipe da faculdade e passar pela fase classificatória, Brian se prepara para seu primeiro embate televisivo, ao mesmo tempo em que se vê apaixonado por uma de suas colegas de time: a linda, inteligente e assustadoramente elegante Alice Harbinson. Quando Alice se recusa a ceder aos encantos ligeiramente ansiosos de Brian, ele aparece com um plano infalível para conquistar o coração de sua amada de uma vez por todas. Ele vai ganhar o jogo. A qualquer custo. Porque, afinal, todos sabem que o que uma mulher realmente procura em um homem é uma vasta gama de conhecimentos gerais...
Sinopse - O Substituto - David Nicholls
Para Josh Harper, ser ator significa ter dinheiro, fama, mulheres aos seus pés e o papel principal nos palcos de Londres. Para Stephen C. McQueen, trata-se de uma longa e desastrosa carreira como figurante. Stephen tem um nome que não ajuda (não, ele não é parente do famoso Steve McQueen), um agente pouco interessado, um relacionamento complicado com a ex-mulher e a filha e um trabalho como substituto de Josh Harper, o 12º Homem mais Sexy do Mundo. E, quando percebe que está apaixonado por Nora, a linda e inteligente esposa de Josh, sabe que as coisas podem ficar ainda mais difíceis para ele. Ou, quem sabe, essa não é justamente sua Grande Chance? Com personagens engraçados e diálogos irresistíveis, O substituto é uma comédia arrebatadora.
Sinopse - O Lado Mais Sombrio - Splintered - Livro 01 - A.G.Howard
Alyssa Gardner ouve os pensamentos das plantas e animais. Por enquanto ela consegue esconder as alucinações, mas já conhece o seu destino: terminará num sanatório como sua mãe. A insanidade faz parte da família desde que a sua tataravó, Alice Liddell, falava a Lewis Carroll sobre os seus estranhos sonhos, inspirando-o a escrever o clássico Alice no País das Maravilhas. Mas talvez ela não seja louca. E talvez as histórias de Carroll não sejam tão fantasiosas quanto possam parecer. Para quebrar a maldição da loucura na família, Alyssa precisa entrar na toca do coelho e consertar alguns erros cometidos no País das Maravilhas, um lugar repleto de seres estranhos com intenções não reveladas. Alyssa leva consigo o seu amigo da vida real – o superprotetor Jeb –, mas, assim que a jornada começa, ela se vê dividida entre a sensatez deste e a magia perigosa e encantadora de Morfeu, o seu guia no País das Maravilhas. Ninguém é o que parece no País das Maravilhas. Nem mesmo Alyssa...
Sinopse - As Mentiras de Locke Lamora - Nobres Vigaristas - Livro 01 - Scott Lynch
O Espinho é uma figura lendária: um espadachim imbatível, um especialista em roubos vultosos, um fantasma que atravessa paredes. Metade da excêntrica cidade de Camorr acredita que ele seja um defensor dos pobres, enquanto o restante o considera apenas uma invencionice ridícula.
Franzino, azarado no amor e sem nenhuma habilidade com a espada, Locke Lamora é o homem por trás do fabuloso Espinho, cujas façanhas alcançaram uma fama indesejada. Ele de fato rouba dos ricos (de quem mais valeria a pena roubar?), mas os pobres não veem nem a cor do dinheiro conquistado com os golpes, que vai todo para os bolsos de Locke e de seus comparsas: os Nobres Vigaristas.
O único lar do astuto grupo é o submundo da antiquíssima Camorr, que começa a ser assolado por um misterioso assassino com poder de superar até mesmo o Espinho. Matando líderes de gangues, ele instaura uma guerra clandestina e ameaça mergulhar a cidade em um banho de sangue. Preso em uma armadilha sinistra, Locke e seus amigos terão sua lealdade e inteligência testadas ao máximo e precisarão lutar para sobreviver.
Sinopse - A Cidade Sombria - O Mestre das Relíquias - Livro 01 - Catherine Fisher
A única esperança para Anara, um mundo às portas da total devastação, reside em um mestre, seu aprendiz e nas antigas e ilegais relíquias com poderes misteriosos que eles colecionam. Ao saírem à procura de uma relíquia secreta com grande poder escondida há séculos, Raffi e Galen serão caçados, espionados e testados além dos seus limites, pois existem monstros — alguns deles humanos, outros não — que também desejam o poder desta relíquia até consegui-la.
Sinopse - A Herdeira Perdida - O Mestre das Relíquias - Livro 02 - Catherine Fisher
Segundo volume de uma das séries de fantasia mais elogiadas nos últimos anos. A autora, poeta aclamada pela crítica e autora de livros infantojuvenis, recebeu o prêmio de Melhor Livro do Ano pelo The Washington Post, pelo Kirkus Reviews e pela Publishers Weekly. Foi considerada “uma das melhores escritoras contemporâneas de livros de fantasia” pelo The Independent, de Londres.
Sinopse - O Oráculo - Trilogia Oráculo - Livro 01 - Catherine Fisher

Mirany, uma garota pouco comum, tem a difícil missão de encontrar o sucessor para o Arconte. O destino de uma nação inteira está em suas mãos, e a Escolhida pode contar apenas com um escriba ladrão de tumbas e um excêntrico músico. O Oráculo é uma aventura épica que levará o leitor ao tempo das Civilizações Antigas. Utilizando elementos mágicos das culturas egípcia e grega, nos convida a percorrer terras distantes, desertos e ilhas. Uma saga eletrizante em que o futuro de Mirany e de seu povo dependerá da confiança da garota em si mesma. “A extraordinária história de uma garota cujas ações podem salvar ou destruir uma antiga civilização. Escrito de modo convincente, com uma abertura chocante que leva a um surpreendente clímax.”
Sinopse - A Origem do Lobo - Wereworld - Livro 01 - Curtis Jobling
Drew Ferran é um adolescente de 15 anos, que leva uma vida mansa até que... a lua cheia surge, uma terrível febre o acomete, sua gengiva se dilacera, suas unhas tornam-se garras... Ele se transforma em uma criatura animalesca! Drew não pode mais fugir de seu implacável destino. Uma fera terrível está pronta para atacar, e ele e seus inseparáveis amigos, Hector e Gretchen, iniciam uma caçada brutal, travando uma verdadeira batalha de vida ou morte. A origem do lobo é o primeiro livro da série Wereworld – uma eletrizante jornada épica de fantasia e horror.
Sinopse - A Fúria dos Leões - Wereworld - Livro 02 - Curtis Jobling
Tudo ia bem na vida de Drew Ferran, mas quando Lady Gretchen é sequestrada pelo príncipe Lucas, filho do rei deposto Leopold, o jovem Werewolf se vê obrigado a agir. Abandona sua vida com os Werelords e embarca com os amigos em uma jornada perigosa para encontrar o filho do ex-monarca e trazer Gretchen para casa em segurança. Seria esse sequestro parte de um levante daqueles que ainda apoiam o derrotado rei Leopold? Ou apenas uma desculpa para manter Drew fora da Lyssia enquanto os Catlords planejam uma invasão?
Sinopse - A Sombra do Gavião - Wereworld - Livro 03 - Curtis Jobling
A guerra na Lyssia contra os invasores de Bast continua. Drew Ferran, o último dos Lobos cinzentos e herdeiro do trono da Westland, é vendido como escravo e levado para Scoria, onde é transformado em um gladiador e obrigado a lutar pela própria vida na Fornalha, o coliseu local. Enquanto isso, o que restou de seu Conselho Lupino depois da derrota em Highcliff — entre eles o barão Hector e o duque Manfred — foge dos inimigos no navio Turbilhão e parte em busca de aliados, antes que seja tarde demais. Ao mesmo tempo, Marc Ferran, irmão de Drew, marcha pelo continente com a Guarda Leonina atrás do Lobo, deixando atrás de si um rastro de destruição. É quando começam as reviravoltas: ao lado de seus companheiros gladiadores, entre eles Hawklord Gryffin, Drew lidera uma rebelião na Fornalha e parte rumo à Lyssia; em sua incursão pelo continente, Marc começa a questionar sua lealdade aos Catlords; e, em alto mar, o magíster Hector aprofunda cada vez mais seu contato com a magia negra. Este terceiro livro da série “Wereworld”, A Sombra do Gavião, apresenta ainda mais ação, personagens extraordinários e luta épica entre o bem e o mal.
Sinopse - Ouro, Fogo & Megabytes - O Legado Folclórico - Livro 01 - Felipe Castilho
Como esconder uma suspensão escolar dos pais, resgatar uma criatura mágica das garras de uma poderosa e mal-intencionada corporação e ainda por cima salvar o país de um desastre sem precedentes?

Anderson Coelho, um garoto nada extraordinário de 12 anos, divide sua vida entre a pacata realidade escolar e uma gloriosa rotina virtual repleta de aventuras em Battle of Asgorath, jogo de RPG online em que jogadores do mundo todo vivem num universo medieval, cheio de fantasia. Lá, Anderson – ou Shadow, nome de seu avatar – tem vida de estrela: é o segundo colocado do ranking mundial. E são justamente suas habilidades que chamam a atenção de uma misteriosa organização, que o escolhe para comandar uma missão surpreendente junto com um grupo de ecoativistas nada convencionais.

Ao embarcar para São Paulo, Anderson mergulhará de cabeça em uma aventura muito mais fantástica que as vividas em seu computador. Os encontros com hackers ambientalistas, ativistas com estranhos modos de agir e muitas criaturas folclóricas oferecerão a Anderson Coelho respostas não só sobre sua missão, mas também sobre sua própria vida, enquanto um novo mundo se descortina diante de seus olhos.
Sinopse - A Máquina de Contar Histórias - Maurício Gomyde
Na noite em que o escritor best-seller Vinícius Becker lançou A Máquina de Contar Histórias , o novo romance e livro mais aguardado do ano, sua esposa Viviana faleceu sozinha num quarto de hospital. Odiado em casa por tantas ausências para cuidar da carreira literária, ele vê o chão se abrir sob seus pés. Sem o grande amor da sua vida, sem o carinho das fi lhas, sem amigos... O lugar pelo qual ele tanto lutou revela-se aquele em que nunca desejou estar. Vinícius teve o mundo nas mãos, e agora, sozinho, precisa se reinventar para reconquistar o amor das filhas e seu espaço no coração da família V. Uma história emocionante, cheia de significados entrelaçados pela literatura, mostrando que o amor de um pai, por mais dura que seja a situação, nunca morre nem se perde.
Sinopse - Enfynie - Patricia Fagundes
Natasha Fernandes era uma menina comum, de vida confortável e monótona, até encontrar um misterioso amuleto, que mudaria drasticamente sua realidade. As fantasias que ela imaginava existir somente em fábulas se tornam realidade: o amuleto abre uma passagem que a conduz abruptamente para outro mundo. Agora, em outra dimensão, Natasha tentará ser firme, e manter as esperanças de um dia retornar, e novamente encontrar sua família e seus amigos. Enquanto isso luta para sobreviver aos perigos e desafios existentes em Enfynie, um planeta em outra dimensão repleto de vida inteligente e criaturas fantásticas.
Sinopse - A Menina Que Não Sabia Ler - John Harding
1891. Nova Inglaterra. Em uma distante e escura mansão, onde nada é o que parece, a pequena Florence é negligenciada pelo seu tutor e tio. Guardada como um brinquedo, a menina passa seus dias perambulando pelos corredores e inventando histórias que conta a si mesma, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que um dia Florence encontra a biblioteca proibida da mansão. E passa a devorar os livros em segredo. Mas existem mistérios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Quem eram seus pais? Por que Florence sonha sempre com uma misteriosa mulher ameaçando Giles, seu irmão caçula? O que esconde a Srta. Taylor? E por que o tio a proibiu de ler? Florence precisa reunir todas as pistas possíveis e encontrar respostas que ajudem a defender seu irmão e preservar sua paixão secreta pelos livros - únicos companheiros e confidentes - antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário. Ou será que tudo isso não seria somente delírios de uma jovem com muita imaginação?
Sinopse - A Menina Que Não Sabia Ler - Volume 02 - John Harding
Um acidente de trem. Uma identidade trocada. Os detalhes poderão mudar o rumo dessa história... Depois de viver presa num mundo obscuro, assustador e sem palavras em 'A menina que não sabia ler', a pequena Florence viverá uma nova e misteriosa aventura onde nada é realmente o que aparenta ser e todos podem se tornar inimigos em potencial. Mas onde ela encontrará uma saída? Um aliado? O misterioso médico John Shepherd busca um recomeço para sua vida em um lugar nada promissor - uma ilha que funciona como uma clínica psiquiátrica exclusivamente para mulheres. Nesse antro de segredos e sofrimento, Shepherd tentará esquecer seus pecados devolvendo a humanidade às pacientes. A primeira em quem vai experimentar sua doutrina de cuidados, o 'tratamento moral', é uma atraente jovem pálida de cabelos escuros que não se lembra do próprio nome, fala de modo estranho e não consegue saber quando e como chegou àquele lugar. Por que afinal ela desperta tanto a curiosidade do médico? Entre pacientes mais inteligentes que as próprias enfermeiras responsáveis por elas, segredos por todos os lados e figuras assombrosas (e assombradas) percorrendo misteriosamente os corredores da clínica durante a noite, as vidas de Florence e John Shepherd estarão mais ligadas do que podemos imaginar... Arrisque-se e tente achar uma saída no labirinto claustrofóbico criado em 'A menina que não sabia ler volume 2'.