27/06/2014

Outra chance?

Imagem retirado do We ♥ it

O celular de Antônia vibrara. Droga! Ela exclamou, tacando o aparelho do outro lado da cama. Era ele novamente, a causa de suas lembranças mais doces, e desejos mais viris. Mas também, o filho de uma bela mãe que lhe roubara todas as virtudes de seu pobre coração.
De nome, Thomas, e seus 1,72 de altura. Ainda se lembrava do cheiro de seu perfume, aromado à madeira. Sua forma de pentear o cabelo para o lado esquerdo, o gel em excesso escorrendo para sua nuca. Era um homem atraente, embora não valesse nenhum vintém do impacto que seus grandes olhos azuis, e o efeito que causava nas mulheres. 
Eles haviam terminado há pouco mais de um mês, deixando aos prantos o coração de Tonha. Arrasada, inconformada, e todos os adjetivos negativos que vocês puderem imaginar para essa desilusão amorosa que ela sofrera. 
Na mensagem, Thomas se dizia arrependido e queria uma outra chance. 
Uma outra chance de mostrar o quanto sou trouxa se eu cair nessa mais uma vez, pensou ela, irritada.
Dizia sentir saudades do seu beijo, e da forma como o amor dos dois fizera bem à eles, de um jeito que ele nunca mais conseguiria com ninguém que conseguisse causar nele todo o impacto que ele sentia por seu toque. Thomas sempre soubera as palavras certas para fazê-la delirar, assim como sabia que um sorriso seu derreteria até a pedra de gelo que havia se formado no coração dela.
Ela pegou o celular novamente, e releu tudo o que ele havia lhe mandado. Talvez ele não tenha sido tão ruim assim... e se dessa vez ele puder acertar? E se ele tiver realmente mudado? 
Esses pensamentos a invadiam involuntariamente. Tentava não cair naquela tentação, mas a lembrança de seu toque a fazia delirar. Eu não posso fazer isso. Não posso, não devo, não vou me render ao doce sabor dos beijos dele, ou... 
Antes que pudesse pensar duas vezes, ela respondera a mensagem.
Me encontre hoje pôr do sol, no local do nosso primeiro beijo. 
Era o que dizia. Talvez não devesse ter tomado aquela atitude, não poderia se permitir quebrar a cara novamente, mas duvidava que ele se lembrasse daquele lugar. Ele não vai lembrar onde demos o primeiro beijo, não devo me preocupar com isso. 
As horas pareciam séculos a passarem. Ela se arrumava com o ânimo de uma garota em seu primeiro encontro, mas parecia que era a primeira vez mesmo, novamente. Daquela vez, ela não queria parecer uma menininha frágil, mas uma mulher.
Saiu de casa, dirigindo seu carro no maior estilo "pronta pra batalha". Estacionou o carro, perto da barraquinha do tio da Raspadinha. Há anos ele estava ali, mas ela nunca se dera ao trabalho de perguntar seu nome, talvez fizesse isso em outra hora, se naquele momento não estivesse mais interessada em saber se o idiota do Thomas se lembrara daquele lugar que havia sido tão especial para ela. Para eles, na verdade.
Ali, foi o local onde ele havia levado ela, e dito que se ela fosse sua, ele seria o cara mais feliz do mundo. O lugar onde um dia fizeram juras de amor, as quais ele mostrara serem falsas quando descobriu sobre a outra. A pobrezinha da amante também não sabia de nada, nem que ele era comprometido, nem que as juras que fazia para uma, eram as mesmas que fazia para a outra.
Palhaçada, eu não deveria estar aqui. Seus pensamentos estavam quase se tornando revoltosos, quando viu ao longe, o sorriso que tanto conhecia.
Thomas estava andando em sua direção. Usava um terno escuro que enaltecia o brilho de seus olhos, o cabelo elegantemente desarrumado e um botão de rosas entre os dedos.
Se esse cretino quisesse me comprar com flores pra corrigir seus erros do passado teria que comprar a Floricultura toda. Pensou ela, entre alegre por revê-lo, e nervosa por não saber o que fazer.
- Fico feliz por você ter vindo. - ele disse, sorrindo intensamente com os olhos. Quem visse a cena, até pensaria que ele era um bom moço.
- Fico surpresa por você se lembrar de onde tivemos nosso primeiro beijo. - ela exclamou, cruzando os braços na frente do peito.
- Não consigo me esquecer de nenhum detalhe em relação à você. - disse ele, tocando em suas madeixas daquele jeito com que só ele conseguia fazê-la delirar.
- Thomas... - ela pegou sua mão, afastando de si. - Para com isso. Não vim aqui voltar com você. Só quero saber o que tem a me dizer.
- Eu quero outra chance. De te mostrar que dessa vez pode ser diferente. - ele tocou-a novamente, puxando seu corpo para si. Ele sempre tivera uma lábia boa, e isso a levara a um final mais triste do que todos os bons momentos que tinham vivido juntos. Tomou os lábios dela para si, e beijou-a.
Merda, merda, merda! Ela pensava enquanto se deixava ser consumida por aquela situação. Não poderia se deixar ser controlada por ele novamente. Ela se deixara ser sucumbida por todo o sentimento que ainda existia, e se entregou por alguns segundos.
Quando o beijo estava atingindo seu ponto máximo de prazer, ela o empurrou com força. Ele a encarou, surpreso.
- O que você tá fazendo? - questionou ele, confuso com a atitude dele.
Tonha o encarou de baixo à cima, com uma expressão facial de novo:
- Me desculpe. - respondeu ela, cuspindo cada palavra em sua face. - Mas eu sou muito pra você.
E deu meia-volta, sem nem olhar para trás, enquanto ele a encarava de jeito pasmo.
Talvez estivesse errada, mas sua consciência lhe dizia que foi o melhor a fazer, afinal, por que daria uma segunda chance para alguém que não soube nem aproveitar a primeira que teve? 

23/06/2014

Entrevista com a leitora: Amanda Bassuli

Fã de Paulo Coelho, Nicholas Sparks e Augusto Cury, Amanda de Liz Bassuli é uma jovem escritora, que com apenas 14 anos de idade, já realizou o que para muitos é um sonho distante: a publicação de seu primeiro livro.
Diferente da maioria das entrevistas que eu trago para o blog, ela é uma leitora e nos conhecemos na página de facebook do blog. Ela é uma garota incrível, adorei tê-la conhecido.
Abaixo, confiram a entrevista <3
1.: Para quem ainda não conhece seus livros, fale um pouco sobre “Deus fez você pra mim”?
Então, o nome mesmo já passa para o leitor, a sensação de ser algo muito especial. Deus fez você pra mim, foi meu primeiro livro que narrou a história desde meus 10 anos até os 14. Eu escrevi em homenagem à Mara Waltrick, que foi minha Professora de Língua Portuguesa em 2010. Porém, com o decorrer do tempo, Mara foi deixando de ser uma simples educadora e passou a ser o Anjo da minha vida. É ela que me inspira nas obras literárias, nos sonhos, na vida... Gostar de uma professora é algo muito comum, mas encontrar num simples ser humano, a metade de sua alma, isto é raro. E neste livro, eu conto como nos conhecemos, quando e de que forma ela me ajudou e vem me ajudado nos obstáculos que a vida me impõe. É um livro feito com muita realidade e emoção, tudo ali presente, eu vivi e senti! E ao decorrer do livro, eu mostro como uma simples pessoa, pode se tornar a coisa mais incrível de sua vida!
2.: Quando você viu que havia necessidade de passar para o papel tudo aquilo que sentia em relação à Mara? Quais obstáculos teve que enfrentar tanta na criação, quanto publicação do livro? 
Eu sempre escrevi muito bem, sempre tive facilidade em desenvolver produções textuais, críticas, crônicas, enfim... Eu estava passando por um momento muito difícil em minha vida. Foi então que uma amiga, Simone Moreira, que também é escritora, me propôs a ideia de um livro. Então eu pensei: "Mas livro sobre o quê?". Então eu pensei que escrever sobre alguém que me fazia bem, seria uma saída deste labirinto de emoções pelo qual eu estava passando. Foi neste momento em que comecei a registrar minha história. Durante a criação do livro, eu enfrentei obstáculos como o preconceito. As pessoas diziam: "Escrever? Que perda de tempo." E eu me sentia muito inferior ao ouvir isso. Já na publicação, meu maior obstáculo foi a escolha da data, era época de ENEM e as pessoas estavam muito ocupadas.
3.: Como soube lidar com as críticas e a continuar perseguindo seu sonho? Para mim, há dois tipos de críticas: A crítica que te constrói e a crítica que é feita na tentativa de te derrubar. E era isso que as pessoas tentavam fazer, me derrubar! Porém eu sempre pensava assim: "O meu dia vai chegar!" E chegou mesmo. Eu pude mostrar que escrever não é perda de tempo, e que este era o meu dom, a minha qualidade. Então quando me criticavam, eu apenas ignorava, pois sabia que eu estava fazendo a coisa certa e que o sucesso seria a consequência de tanto esforço.
4.: No seu atual projeto, “Por toda a eternidade”, qual a mensagem que pretende passar para o público? Pretendo mostrar as pessoas, que tudo tem uma razão, mesmo que não saibamos a compreende-la. E que a vida é um grande jogo de ganhos e perdas.
5.: Falar sobre traição, ainda mais de amigos, é algo que vem apresentando dificuldade para você? Atualmente, não. Mas isso já aconteceu muito em minha vida.
6.: De onde surgiu tanta inspiração para escrever? Se baseou em si mesma, ou talvez, na história de alguém próximo? Acho que a inspiração é a consequência da escrita. Quando eu escrevo, sobre qualquer tema, eu busco inspiração em tudo. Nas histórias que já ouvi, nos problemas que já consegui enfrentar ou até mesmo em algo que já li. Eu sou do tipo de pessoa, que para, vê uma pedra, e se inspira. Ás vezes eu olho para o céu, e recebo uma carga de inspiração. Fico feliz quando as emoções fluem, eu me sinto melhor e escrevo melhor.
7.: Como seus familiares e amigos lidam com todas as suas conquistas? Te apoiam? Meus familiares não entendem que Ser Escritora é algo que eu amo e que faz parte de mim. Não buscam opinar em minhas decisões, eu mesma não gosto que isso aconteça. Mas meus amigos, ele me ajudam, me dão apoio e sempre me aconselham a continuar. Muitos deles até brincam dizendo: "Quando você for famosa, lembra de mim!" Eu gosto da situação. Acho importante ter amizades, que além de verdadeiras são primordiais.
8.: Para finalizar, deixe alguma mensagem para todos os leitores. Agradeço a vocês por fazerem o mundo girar. Quem lê muda o mundo com sua cultura e inteligência, fornece a sua mente uma proporção maior. Não desistam de seus sonhos. Se você é capaz de sonhar, é capaz de realizar! A vida é uma chance que recebemos, não devemos desperdiçá-la. Um grande abraço!

22/06/2014

2 anos!


2 anos. Você se lembra o que estava fazendo há dois anos atrás? Onde esteve ou com quem? E se for mais além, e tentar buscar em sua caixa de memórias o que tem feito durante todo esse tempo? Das pessoas que faziam parte do seu cotidiano, e você jurava que seriam para sempre, quais dessas ainda continuam contigo? Pode ser deprimente ver a quantia que se foi, mas também existem aqueles que surgiram, e você nunca se imaginou sem.
Já pensou nas oportunidades que deixou passar? Em todas as noites de sono ruim, ou todas as madrugadas que virou nesses dois anos para conversar com aquele alguém especial? Ou quantas vezes você não mudou de paixões durante esses anos, pois não havia conhecido ainda o seu amor? Ou talvez, numa dessas voltas perdidas da vida, seu caminho encontrou-se com o da pessoa que é capaz de colocar o riso mais sincero em seu rosto e te fazer voar em terra?
Você conseguiu conquistar a pessoa que gostava, ou percebeu que certas coisas, por mais que queiramos, é melhor que não aconteçam?
A vida está em constante metamorfose, dois anos pode-se parecer um tempo curto sem pouco proveito para quem olha apenas o geral, mas para as mentes mais minuciosas, que sabem guardar cada detalhe pequeno, é tempo suficiente para perceber as coisas extraordinárias que aconteceram. A diferença entre o belo e o trágico, depende da forma como você vê as coisas que acontecem ao seu redor.
Agora, ouse ir mais além, e pensar em uma coisa: Qual pequena atitude você tomou dentro desses dois anos, que mudou sua vida para sempre?
Em algum momento da sua existência, você já deve ter percebido que foi tomando um caminho errado, alguns minutos atrasado, uma pedra da você teve que desviar, alguma revista que você abriu ao acaso, ou seja lá o que tenha acontecido, e foi justamente esse momento bobo, sem aparente importância, o que fez com que você conhecesse determinada pessoa, ou talvez, o ponto de partida para que algo extraordinário, e inimaginável, acontecesse em sua vida.
As vezes, a vida simplesmente nos surpreende com esses pequenos momentos, que rendem grandes histórias.
Consegue imaginar como teria sido se você não tivesse feito aquele caminho errado? Talvez não tivesse acertado tanto. Pois bem, a vida é cheia de ironias, e foi numa dessas que eu mudei. Que você mudou, e que nossas vidas deram uma reviravolta gigantesca, por um ponto de partida que nem deveria ter existido.
Dois anos de blog está sendo o máximo que já consegui. Todos os outros que tive não passaram de meros seis meses, mas o que se pode aprender em dois anos, é que, embora quando tudo começa a dar errado o caminho mais fácil seja jogar pro alto e começar de novo em outra direção, é que quando você escolhe o caminho certo, seguir em frente apesar de todas as dificuldades, sempre será a melhor opção, é uma questão de adaptação.
Aprendi a não desistir do blog, mesmo quando parecia a coisa mais sensata a fazer, e digo que foi a melhor coisa que eu poderia ter feito a mim mesma. Toda ação atrai uma reação diferente, não sei como estaria se não fosse esse espaço para me fazer crescer como pessoa, e ser meu psicólogo particular. Todos precisamos de um refúgio, e eu já construí o meu.
Mas a última coisa que me pego pensando, e talvez mais importante: Como estaria minha vida hoje, se eu nunca tivesse criado esse blog? As pessoas que eu teria deixado de conhecer, o mundo vazio que seria. Todo vazio precisa ser preenchido, e é justamente escrevendo, que eu preencho o meu.
À todos os leitores, obrigada por esses dois anos maravilhosos, e espero que muitos ainda estejam por vir.

18/06/2014

Ser escritor: A escolha do título

Fonte: Tumblr. Só editei. 

Taí uma coisa que ocupa uma boa parte do pensamento de qualquer escritor, ou aspirante a escritor: Qual título dar ao livro?
Essa é a pergunta que mais recebo tanto em comentários quanto por e-mail (e gente, não tem como eu dar uma dica de título se vocês não me falarem absolutamente nada sobre o livro de vocês).
Não me acho a melhor pessoa para dar esse tipo de dica, já que nomes para livros realmente é uma coisa da qual a minha criatividade se limita, mas nunca se sabe, né. Esqueça aquela história de que a capa não importa quando o conteúdo é bom. Claro que é verdade, já vi diversos livros com capas e títulos espetaculares, mas que o desenvolvimento do que foi escrito deixou muito a desejar, mas tenha em mente que é justamente esse conjunto de fatores (capa e título), o que vai chamar atenção para o seu livro no primeiro momento.


 Construção de Títulos
  1. Caso você nem tenha começado a escrever ainda, não se preocupe tanto com isso. Quando comecei, coloquei o título do meu livro como “Natalie Dolman” (a personagem principal), porque você terá que se preocupar mais com o desenvolvimento, do que com o título nesse primeiro momento. Coloque um título provisório, como o nome da personagem principal, ou alguma coisa bobinha que tenha importância dentro da história, e conforme seu desenvolvimento, achará o título ideal;
  2. Uma opção que acho muito bacana é escolher uma única palavra como título. Uma palavra simples, direta, que resuma basicamente o livro, deixando aquele ar de "preciso ler esse livro e descobrir mais". Tente procurar aquela palavra-chave que traduza - pelo menos para você - o significado do livro. Peguei como exemplo, a trilogia da Veronica Roth: Divergente, Insurgente e Convergente.

    Simples, direto, e ao mesmo tempo, instigante. Se a palavra-chave que você escolher for algo muito “sem graça”, procure em um Dicionário de sinônimos, onde poderá encontrar algo que cative a atenção do leitor.

    Ex.: Suponhamos uma história qualquer, na qual a personagem seja acusada de algum crime que ela pode ou não ter cometido, mas é obrigada (por algum motivo de forças maiores), a mentir diante do tribunal.

    Nesse caso, eu escolheria como palavras-chaves, “falso testemunho”, o que eu poderia usar como título, ou algo similar à ele, que represente a mesma ideia, como a palavra “Perjúrio”. Simples, direto, e instigante. 
  3. Defina seu gênero literário (romance policial, amor, ação, aventura, suspense, terror, comedia, etc etc), e procure livros sobre o assunto. Analise os nomes dos que chamaram mais sua atenção, e reflita sobre o que levou você se interessar justo por aquele livro. Qual palavra do título te deu vontade de comprar o livro e lê-lo;
  4. Agora uma dica que vi lá no Livros e Afins : use títulos que sugiram alguma ação vivenciada pelo protagonista. Use os verbos à seu favor, fugindo dos básicos mais comuns, como ser e estar. Antes de escritor, você também é um leitor, então pense bem naquilo que lhe causa curiosidade, e mãos na massa;

  5. Caso seja uma saga, ou trilogia, você pode escolher um título fixo para todos, e mudar apenas o subtítulo conforme os volumes.

    Um exemplo disso são os livros do jogo Assassin’s Creed, em que cada volume, o subtítulo é diferente, levando em comum o nome da saga: Assassin’s Creed: Renascença, Assassin’s Creed: Irmandade, Assassin’s Creed: A Cruzada Secreta, Assassin’s Creed: Revelações, Assassin’s Creed: Renegado, Assassin’s Creed: A bandeira Negra;

  6. Use adjetivos que enaltecem alguma característica do personagem principal (como “O poderoso Chefão”), ou que indique algum lugar que será citado no livro (com em “As minas do Rei Salomão”).
Encontrei um site muito bacana, com ótimas dicas,  Blog da Ronize Alline.


Livros famosos com bons títulos
Fonte: Tumblr 

Para quem ainda está na dúvida, confira alguns títulos interessantes que chamaram minha atenção, e se inspirem: 
    • Eu sou o número quatro (Pittacus Lore);
    • O guardião do tempo (Mitch Albom);
    • Bruxos e bruxas  (James Patterson e Jill Dembowski);
    • Quando cai o raio (Meg Cabot);
    • A corrida de Escorpião (Maggie Stiefvater);
    • Claros sinais de Loucura (Karen Harringthon);
    • Uma razão para respirar (Rebecca Donovan);
    • Desafio (C. J. Redwine);
    • Se alguma vez... (Meg Rosoff);
    • O conde de Monte Cristo
    • O poder da espada (Joe Abercrombie);
    • Antes da forca (Joe Abercrombie);
    • Fique onde está e então corra (John Boyne);
    • Atraente desafio (Jennifer Hayward);
    • Se eu ficar (Gayle Forman);
    • As mentiras de Locke Lamora (Scott Lynch);
    • A caixa da Maldade (Martin Langfield);
    • A rosa da meia-noite (Lucinda Riley);
    • O código do Apocalipse (Adam Blake);
    • Hora Morta (Anne Cassidy);
    • Como eu era antes de você (Jojo Moyes);
    • A garota que você deixou para trás (Jojo Moyes);
    • A filha do Louco (Megan Shepherd);
    • Coração Envenenado (S. B. Hayes);
    • Um conto do destino (Mark Helprin);
    • O lado mais sombrio (A. G. Howard);
    • Uma vez na vida (Marianne Kavanagh);
    • A filha do Sangue (Anne Bishop);
    • O Segredo da Bastarda (Cristina Norton). 
Até a próxima. 

13/06/2014

Crônica e conto: qual a diferença?

Ao contrário do que o Anônimo comentou na postagem anterior, não esqueci do blog. Na realidade, esse blog está em uma parte tão grande do meu cérebro que vou pro trabalho pensando no que postar, no que eu tenho que fazer, mas depois esqueço. Só pra avisar: tem duas entrevistas vindo por aí. Uma é com uma leitora (já está pronta, só estou esperando ela me enviar a capa de seu livro), e a outra será com a Lycia Barros #divas.
Maaaaas, como a vida é bela e curta demais para enrolações, vamos logo ao que interessa. Afinal, quais são as semelhanças e diferenças entre uma crônica e um conto?
Confesso que eu sei meio por cima o que é cada um (não é nada menos que minha obrigação saber disso, hehe), mas para não deixar uma postagem muito vaga, pesquisei sobre o assunto. Colocarei os links que me auxiliaram no final do post. Sem mais delongas, ao que interessa.

--> Crônica: Uma narrativa que se sustenta de fatos ocorridos no cotidiano. Sua leitura flui de forma agradável e interativa, permitindo ao leitor uma identificação pessoal com o acontecido. Normalmente, sua narração é em primeira pessoa, assim, o autor consegue transmitir o que pensa e sente para aquele que lê, de forma satírica e bem-humorada. São textos curtos, e por serem em 1ª pessoa, não há a necessidade de uma linguagem mais rebuscada.
Caso queira ler boas crônicas, a literatura brasileira é bem rica nesse quesito, apresentando grandes nomes, como Fernando Sabino, Machado de Assis, Luis Fernando Veríssimo, Moacyr Scliar, Lygia Fagundes, dentre diversos outros.

--> Conto: Assim como a crônica, é uma narrativa, só que concentrada em apenas um acontecimento. Pode ser baseado em fatos verídicos, ou invenções da mente do autor. Suas origens vêm dos tempos antigos, quando os contos eram narrados de uma pessoa para outra. O foco da narração pode ser tanto na primeira, quanto na terceira pessoa.
Tem um espaço e tempo, normalmente pequenos, poucos personagens, mas com personalidades bem construídas e detalhadas. A narrativa normalmente se centra em apenas um dilema, capaz de produzir no leitor as sensações desejadas pelo autor.

Resumindo:
Para ilustrar melhor, veja aqui um exemplo de crônica, da Mariana Godoy, do blog Diário Ciumento. E aqui um de conto, dos Irmãos Grimm.

Links que me ajudaram nessa pesquisa: Slide shareBrasil Escola/Crônica e Brasil Escola/Conto.
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Só para avisar que toda sugestão é bem vinda (dúvidas também, hehe). Até a próxima, bom final de semana para vocês.

Nota Editada: Votem no livro "Não foi Suicídio!", concurso da Young Editorial para publicação. Votação irá até dia 10/09/2016. Ajudem uma pobre autora, rsrs. 

05/06/2014

A cena...

Chovia do lado de fora. As paredes da casa dele demonstravam muito bem isso. Entrei na cozinha, fechando meu guarda-chuva encharcado. Coloquei-o ao pé da mesa. A casa estava em um silêncio assustador. Eles haviam saído, mas sabia com toda a certeza que aquele que eu estava procurando, se encontrava ali.
Guardei as chaves da casa que ele me havia dado. Me dissera que eram para os momentos em que mais precisasse, e, embora tivesse me pedido para deixa-lo sozinho àquela noite, não pude me conter.
Ele precisava de mim. E eu precisava fazer com que ele ficasse bem.
Joguei minha bolsa sobre a mesa, e caminhei pelo corredor deserto. Seu quarto era no final. A porta fechada era um convite para que eu me afastasse, mas não havia chegado até ali em vão.
Minha mão direita pousou sob a maçaneta, e com a ajuda da esquerda, abri em um pequeno empurrão a porta, fazendo um leve ranger.
- O que faz aqui? – perguntou ele ao me ver, tirando brevemente os olhos de seu livro.
Creio eu que Nietzsche para estressados era uma ótima opção para o estado no qual ele se encontra.
- Vim porque sou sua amiga. – respondi, empurrando a porta atrás de mim. – E também, porque me importo.
- Não finja que se preocupa. – respondeu ele, áspero. – Você sabe muito bem que as pessoas não fazem nada em amor ao próximo, se isso não for beneficiar primeiro a si mesmas. – Ele parecia firme em suas palavras, mas pude perceber pela forma trêmula como segurava o livro, que estava nervoso.
Revirei os olhos, pedindo às forças maiores do Universo que me acudissem. Estar com ele me causava um sentimento misto entre dar-lhe um belo tapa em sua face, ou simplesmente abraçá-lo, como se esse gesto pudesse livrar nossas almas do sofrimento que nos cerca.
Sentei na beirada da cama, apenas encarando-o.
Havia mudado pouco desde a última vez que o vi. Seu cabelo estava bagunçado. Em seu queixo pendiam alguns pelos da barba mal feita. Percebi que suas mãos continuavam a tremer. Tomei-lhe o livro, colocando-o sob o criado-mudo, onde uma xícara de café se encontrava.
Toquei com a ponta de meus delicados dedos sua enorme e fria mão.
Ele não pareceu recuar ao gesto, apenas olhou para o outro lado, tentando se conter do nervosismo.
- Por que estás assim? – perguntei fazendo o som de minha voz parecer alto no quarto silencioso.
Ele nada respondeu. Apenas virou seu olhar para mim.
Me aproximei dele, meu quadril ficando na altura de sua cintura. Meus dedos subiram delicadamente por seu tórax, formando uma dança por seu corpo. Coloquei uma mão sob seu pescoço, massageando-o.
Nossos olhos se encontraram. Nossas vozes teimavam em fazer reinar o silêncio. Me aproximei de si. Minha outra mão pousava em seu peito, sentindo as batidas aceleradas de seu coração. Podia sentir seu respirar lento e quente. Seu lábio carnudo me atraia terrivelmente, e, num súbito momento corajoso, me peguei fazendo algo jamais imaginaria.
Beijei-o!
Primeiramente, nossos lábios se roçaram de maneira tímida, tentando se encaixarem. Ele resistiu de início, mas logo se rendeu ao desejo que também lhe consumia.
Suas mãos me agarraram por minha fina cintura, levando-me para mais perto de si.Minhas pernas enlaçaram-o de forma tímida, fazendo-o parar o beijo para me encarar.
Seus olhos castanhos brilhavam intensamente, de uma forma a qual eu nunca tinha visto antes. Retribuí o olhar de forma meiga e apaixonada.
Ele me puxou para perto de seu peito com um dos braços, enquanto o outro acariciava minha nuca, seus dedos subindo para minhas madeixas.

Nossos lábios se encontraram novamente, desta vez mais acostumados com o outro, mas ainda assim, cheios de desejo. 

04/06/2014

#AoAcaso: Trilogia Languedoc

As vezes, quando saio do serviço, passo na biblioteca. Trabalhar ao lado de uma Biblioteca Municipal é quase o paraíso para a maioria dos devoradores de livros de plantão. Uma vez, eu estava em busca de um romance da Simone de Beauvoir, e procurava outra coisa, mas não sabia ao certo o que. 
Bem, resolvi deixar o acaso me dar uma ajudinha, e fui procurando despreocupadamente pelas prateleiras algo qualquer. Mas o que encontrei, não foi apenas uma trilogia de livros, foi exatamente o que eu estava precisando para aquele momento (como pesquisa para meu livro e por diversão mesmo), e eis que me deparo com "Labirinto", o primeiro da Trilogia Languedoc, e a seu lado, a continuação, Sepulcro. Ainda não encontrei o terceiro, pelo menos não em livro físico, Citadel. 
De qualquer forma, decidi trazer esse grandioso achado para o blog, e compartilhar com vocês essa fantástica e bem estruturada obra da autora Kate Mosse. 
Sinopse: 
Em Julho de 1209: na cidade francesa de Carcassonne, uma moça de 17 anos recebe do pai um misterioso livro, que ele diz conter o segredo do verdadeiro Graal. Embora Alaïs não consiga entender as estranhas palavras e símbolos escondidos naquelas páginas, sabe que seu destino é proteger o livro. Será preciso grandes sacrifícios e muita fé para garantir a segurança do segredo do labirinto - um segredo que remonta a milhares de anos, e aos desertos do antigo Egito...
Julho de 2005: durante uma escavação arqueológica nas montanhas ao redor de Carcassonne, Alice Tanner descobre por acaso dois esqueletos. Dentro da tumba escondida onde repousavam os antigos ossos, experimenta uma sensação de malevolência impressionante, e começa a entender que, por mais impossível que pareça, de alguma forma ela é capaz de entender as misteriosas palavras ancestrais gravadas nas pedras. Mas já é tarde demais, Alice percebe que acaba de desencadear uma aterrorizante seqüência de acontecimentos que é incapaz de controlar, e que seu destino está irremediavelmente ligado à sorte dos cátaros, oitocentos anos antes.

Sinopse: 
Em Sepulcro, duas histórias paralelas estão separadas por mais de um século. Em outubro de 1891, a jovem Léonie Vernier e seu irmão Anatole saem apressadamente de Paris para o Domaine de la Cade, a imponente propriedade da família de sua mãe, próxima da cidadela medieval de Carcassonne. O rapaz corre risco de vida e divide um segredo com sua tia Isolde, que mora no local. Logo, Léonie também terá seu segredo guardado sob a copa das árvores das florestas escuras da região, dentro da sinistra câmara mortuária que ali se esconde desde tempos imemoriais. E cuja chave é um baralho de tarô muito particular, de poder inimaginável.
Mais de cem anos depois, em outubro de 2007, a bordo de um trem recém-saído de Paris, Meredith Martin tem muito sobre o que refletir. O que a leva ao exclusivo Hotel Domaine de la Cade parece ser apenas a pesquisa de uma biografia do compositor Claude Debussy. Mas ela sabe que há mais: o desejo de descobrir as origens de sua família, que parecem remontar à misteriosa região. A velha partitura de piano amarelada e as fotos antigas que foram só o que sua mãe lhe deixou são a única chave de que dispõe. E as cartas, em que até então nunca acreditara.
As encruzilhadas que ligam Léonie e Meredith são o grande mistério de Sepulcro. Os antigos enigmas que as cercam - se desvendados - podem levar a um grande tesouro, de serenidade e crescimento pessoal.

A terceira aventura de parar o coração na trilogia Labirinto, explorando a história incrível, lendas e segredos escondidos de Carcassonne e do Languedoc. Ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, no extremo sul da França, Citadel é um poderoso, mistério cheio de ação que revela os segredos da resistência sob a ocupação nazista. Enquanto a guerra brilhou nas trincheiras na frente, de volta em casa uma batalha diferente é travada, cheia de bravura clandestina, traição e segredos. E, como uma célula de combatentes da resistência, codinome Citadelle, lutar por tudo que eles são caros, a sua luta vai revelar um combate mais velho, mais escura a ser travada nas sombras. Combinando a ação acidentada do Labirinto com o mistério assombro de Sepulcro, Citadel é uma história de ousadia e coragem, de vidas arriscado de crenças e de segredos surpreendentes enterrados no tempo.

Para quem gosta do gênero, vale a pena a leitura.