13/09/2014

Resenha: O caso dos Dez negrinhos

Editora: Abril Cultural (Grandes Sucessos)
Ano: 1981
Autora: Agatha Christie
Gênero: Ficção policial e de mistério (Literatura inglesa)
Título original: Ten Little Niggers
Sinopse:  Dez pessoas são convidadas pelo misterioso U.N. Owen para passar alguns dias numa ilha perto de uma aldeia pouco movimentada. Os convidados aceitam o convite e de igual maneira embarcam num barco local para a ilha. Na primeira noite, quando todos já se conheciam razoavelmente bem e conviviam animadamente na sala, ouve-se uma voz vinda das paredes da sala, acusando cada um dos dez presentes de ter cometido um crime, crime esse que apesar de ser despropositado ou inevitável, levou à morte de outras pessoas. O pânico instala-se e mortes inexplicáveis se sucedem, tendo por única pista uma trova infantil.

Resenha: Ilha do Negro. O cenário onde se concentra a trama instigante do livro. No começo, a autora faz uma apresentação dos personagens principais, e a forma como cada um receberá o convite do misterioso U. N. Owen, convidando eles para irem à Ilha. Eles aceitam o convite, e chegam à Ilha, mas o Sr. Owen não estava lá, haviam apenas dois funcionários, cumprindo ordens em seu nome. Durante o jantar, uma fita começa a tocar e seu som se expande por todo o cômodo, dizendo o nome de cada pessoa que ali está, o crime por ele cometido - todos os convidados já estiveram envolvidos em um assassinato, de forma direta ou indireta.
Os personagens ficam preocupados, pois sabem que os crimes apontados são verdadeiros (embora tentem à todo custo provarem o contrário).
Um começa a acusar o outro, onde vários suspeitos são levantados. Eles fazem uma procura na Ilha em busca desse Sr. Owen, mas definitivamente, estão sozinhos nela e o pior, não tem como eles saírem.
O caso começa a ficar mais interessante quando a primeira pessoa morre, após se engasgar com seu drinque depois do jantar. A segunda, caiu em um sono profundo e morreu dormindo.
Não poderia ser coincidência, ainda mais depois deles descobrirem os versos de uma antiga história infantil britânica, que parecia estar citando as mortes das pessoas que na Ilha estavam... 

"Dez negrinhos vão jantar enquanto não chove; 
Um deles se engasgou e então ficaram nove.
Nove negrinhos sem dormir: não é biscoito! 
Um deles cai no sono, e então ficaram oito. 
Oito negrinhos vão a Devon de charrete; 
Um não quis mais voltar, e então ficaram sete. 
Sete negrinhos vão rachar lenha, mas eis 
Que um deles se corta, e então ficaram seis. 
Seis negrinhos de uma colmeia fazem brinco; 
A um pica a abelha, e então ficaram cinco. 
Cinco negrinhos no foro, a tomar os ares; 
Um ali foi julgado, e então ficaram dois pares. 
Quatro negrinhos no mar; a um tragou de vez. 
O arenque defumado, e então ficaram três. 
Três negrinhos passeando no Zoo. E depois? 
O urso abraçou um, e então ficaram dois. 
Dois negrinhos brincando ao sol, sem medo algum; 
Um deles se queimou, e então ficou só um. 
Um negrinho aqui está a sós, apenas um; 
Ele então se enforcou, e não ficou nenhum."

Conforme as mortes vão acontecendo, menores serão as suspeitas, e mais instigante o livro se torna. Um fato que achei interessante, é que a autora compara o comportamento dos últimos sobreviventes com o de animais, pois é assim que eles começam a agir: de forma irracional, jogando a culpa um no outro e querendo se verem livres daquilo.

Quando chegamos ao penúltimo capítulo, parece que tudo o que aconteceu até então ficará sem fim nenhum, até que, eis que somos surpreendidos nas últimas páginas, com uma carta do Assassino explicando tudo o que eles havia feito, e qual dos personagens era ele o tempo todo... 
Para os amantes do bom e velho romance policial, recomendo a leitura. Se você já leu, releia. Se não gosta de romance policial, garanto que esse livro fará sua curiosidade se aguçar. 

4 comentários:

  1. Adorei a resenha! me deixou muito curiosa u.u com certeza irei tirar pra ler depois! kisses :)

    http://justfanfics.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir