Tenho
apenas duas mãos
e
o sentimento do mundo,
mas
estou cheio de escravos,
minhas
lembranças escorrem
e
o corpo transige
na
confluência do amor.
Quando
me levantar, o céu
estará
morto e saqueado,
eu
mesmo estarei morto,
morto
meu desjeo, morto
o
pântano sem acordes.
Os
camaradas não disseram
que
havia uma guerra
e
era necessário
trazer
fogo e alimento.
Sinto-me
disperso,
anterior
a fronteiras,
humildemente
vos peço
que
me perdoeis.
Quando
os corpos passarem,
eu
ficarei sozinho
desafiando
a recordação
do
sineiro, da viúva e do microscopista
que
habitavam a barraca
e
não foram encontrados
ao
amanhecer
esse
amanhecer
mais
que a noite.
Que poema mais lindo e triste. Adoro as poesias de Drummond! Ju, você deve estar estranhando o nome de quem está comentando, mas não sou uma comentarista nova. Sou eu, a StarGirlie, e meu nome verdadeiro é Beatriz. Estou começando um blog novo (O Diário de uma Escritora Iniciante) e decidi me revelar para começar essa nova fase. Lá no Feitiço das Palavras expliquei tudo na despedida do blog. Beijinhos, Beatriz.
ResponderExcluirwww.odiariodeumaescritorainiciante.blogspot.com.br
Olá, Beatriz! Até estranhei quando você revelou que era a Star, hehe.
ExcluirMas fico feliz que tenha se "libertado" disso. Boa sorte nessa nova fase que está iniciando. Sei que se dará muito bem.
E adorei saber seu verdadeiro nome. É muito bonito.
Até mais, abraços.