02/11/2016

Mas, quantas almas são belas?


Ela deixou o coração em casa
Vestiu só a alma.
Não que não gostasse dela
Não era bela mesmo
Mas, quantas almas eram belas?



Não sabia o destino
Saiu sem orientação.

Não quis usar a inteligência
Queria as superficialidades
Mesmo que pequenas
Eram parte do que ela se tornou
Mas, no que ela se tornou?

Não queria amor
Porque sabia que com este
também vinha a dor.
Já haviam ferido seus sentimentos antes
E ela não queria ser mais uma errante.
Porém quantos não eram?

Ela parou e deitou
A grama fresca
Recém cortada
Ficou estagnada
Olhou
Olhou
Nada do que procurava ela encontrou
As respostas não estavam no céu.

Mas mesmo assim
Ela continua a olhar
A procura da felicidade?
A procura de uma parede sólida?
Pra sentir ao menos segurança
Ela não ligava mais pra isso
Como disse.

Ela queria a superficialidade
Não tinha tempo a perder com coisas fúteis
Como o amor
Ela queria coisas fáceis.

Ela já tinha desistido
Depois de 10 horas
A procura de algo esquecido
Talvez ela deveria ter saído sem sua alma
Mesmo que não fosse bela
A fazia pensar
E chegar a acreditar
Que não era assim tão horrível voltar a amar.

Pena que a verdade ela não pode enxergar
Ou achar
Pois tudo que ela tinha
Era que acreditar
Que não adianta
As coisas difíceis evitar.

(por Flávia Rizzo, amiga de Julianna, e colaboradora oficial do blog).

8 comentários:

  1. Que lindo!

    https://amebatom.blogspot.com.br/

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  2. Lindooooo ameeii. S2

    www.thaiskathleen.blogspot.com

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  3. Oi, Fávia. Oi, Ju. Adorei!!!!
    "Que não adianta
    As coisas difíceis evitar."
    Beijooos
    https://profissao-escritor.blogspot.com.br/

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  4. Eu realmente estou pensando em algo bonito para escrever aqui, mas a coisa mais bonita foram as suas palavras, obrigado Flavia :D

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